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Isso aconteceu depois que a delegação do país convenceu o Comitê Executivo da FIFA do potencial Sociais e culturais da realização do torneio. O então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a atual presidente Dilma Rousseff receberam publicamente a responsabilidade de sediar o evento. No entanto, o público brasileiro repetidamente manifestou seu descontentamento na decisão da FIFA. Sessenta e um por cento dos brasileiros adultos que participaram de uma pesquisa realizada pelo Pew Research Center em 2014 foram contra o Brasil que organizou o evento. Os protestos e revoltas públicos atingiram seu clímax antes e durante a Copa das Confederações da FIFA 2013, que precede a Copa do Mundo, Recuperou momentum como a cerimônia de abertura da Copa do Mundo se aproximou. Os protestos foram centrados em torno das demandas dos povos para despesas mais elevadas na saúde, na instrução e nos transportes públicos. No entanto, as responsabilidades de acolhimento implicaram a despesa estimada de US $ 3,6 bilhões de dinheiro dos contribuintes para a construção de estádios. A corrupção desenfreada ea ineficiência organizacional prejudicaram a preparação das nações para o evento. Isso levou a uma maior desilusão pública generalizada. Existem várias preocupações éticas em torno do desvio dos governos de fundos dos contribuintes longe de áreas que urgentemente exigiu investimento e atenção. Este relatório fornece uma breve visão geral da situação atual da economia brasileira, sistemas de serviço público (saúde e educação) e ambiente de negócios. A descrição dá algum contexto para a discussão subsequente. A próxima seção descreve as controvérsias sobre diferentes aspectos da despesa global do governo Copa do mundo. As controvérsias são: Isenção de impostos da FIFA Construção de estádios Custos de construção excedendo os orçamentos Elefantes brancos Eliminação de investimentos de acompanhamento em infra-estrutura Custos sociais para brasileiros O relatório resume as preocupações éticas levantadas por essas controvérsias. Essas preocupações são analisadas primeiro, a partir da perspectiva de se a decisão de licitar para os direitos de hospedagem para a Copa do Mundo de 2014 era ética e moralmente justificável à luz da necessidade urgente de um investimento público extensivo. Além disso, o relatório utiliza uma abordagem conseqüencialista para responder à pergunta: Os fins justificam os meios? Aqui os fins são os benefícios previstos de hospedar o torneio. Os meios referem-se ao uso aparentemente antiético do dinheiro do contribuinte para fins diferentes da facilitação do bem-estar público imediato. A justaposição destas duas perspectivas contrastantes sobre a ética esclarece se a realização da Copa do Mundo de 2014 pela Fifa foi ética. O Brasil é a sétima maior economia do mundo, com um Produto Interno Bruto (PIB) estimado em 2.523 trilhões (corrigido para o poder de compra), segundo o Banco Mundial (FMI) - valorização da paridade do PIB nacional) e PIB per capita de 12.528 (o 79º maior do mundo) iv. Os valores nominais correspondentes são US $ 2,169 trilhões (7º) e US $ 10,773 (63º). A taxa anual de crescimento do PIB brasileiro reduziu de 7,5% em 2010 para 0,9% em 2012.v Os resultados do primeiro trimestre de 2014 mostraram um crescimento de 1,9% nos últimos 12 meses. Vi 2.2 Desigualdade e Pobreza de Renda O índice GINI do país que mede o grau de desigualdade de renda é Um dos mais altos dos países que formam o conjunto de dados. A estimativa de 2009 foi de 54,7 (o 13º mais alto entre 150 nações e 3º maior das 32 nações que competem na Copa do Mundo), vii viii e 51,9 em 2012.ix Dezesseis por cento dos brasileiros vivem abaixo da linha de pobreza nacional e 31 milhões de pessoas vivem com menos de US $ 1,25 por dia. x O Brasil experimentou melhorias dramáticas na saúde pública na última década. No entanto, ainda está atrás da maioria dos países da OCDE em indicadores de saúde primária, como a expectativa de vida (73,4 anos versus a média da OCDE de 80 anos), as despesas de saúde como porcentagem do PIB (8,9 por cento versus a média da OCDE de 9,4 por cento) (US1,043 em 2011 versus a média da OCDE de US $ 3,322). Além disso, o país enfrenta desafios significativos no acesso universal à atenção primária. Existe um déficit de instituições de cuidados primários e médicos. O desenvolvimento recente do setor de saúde privado eo subfinanciamento de instalações de saúde do setor público criaram disparidades socioeconômicas no acesso a cuidados de saúde de qualidade. Os hospitais privados aumentaram os preços em 20 ou 30% desde 2009, tornando a saúde brasileira a mais cara da América Latina . Algumas operações custam menos de 10% das operações equivalentes nos Estados Unidos. A melhora na educação no Brasil foi marcadamente mais lenta do que a assistência médica. Somente 57 por cento dos 25 a 34 anos de idade têm o equivalente a um grau de ensino médio, fazendo com que o Brasil fique atrás da maioria dos países da OCDE (o valor correspondente é de 82 por cento para os países da OCDE). O Programa da OCDE para a Avaliação Internacional de Alunos avaliou o nível geral de habilidade adquirido pelos alunos em assuntos cruciais. Os resultados empíricos mostram que o estudante brasileiro médio ficou muito abaixo do estudante médio da OCDE em alfabetização em leitura, habilidade matemática e conhecimento de ciências. Xiv O sistema educacional público brasileiro não tem as facilidades e recursos necessários para melhorar esses padrões básicos. Consequentemente, os níveis de analfabetismo são elevados. 2.5 Corrupção no setor público Com base em oito diferentes estudos integrados no Índice de Percepção da Corrupção (2012), o setor público brasileiro é o 69º menos corrupto de 178 países para os quais havia dados disponíveis. xv De acordo com a Transparency International, que compilou e publicou o , Alguns dos efeitos nocivos da corrupção incluem o fracasso do sofrimento humano na prestação de serviços básicos como educação ou cuidados de saúde (e descarrilamento) da construção de infra-estruturas essenciais. xvi A corrupção também impõe injustamente um imposto sujo sobre os pobres e vulneráveis. Os altos impostos, a corrupção burocrática e os elevados custos de empréstimos fazem parte do Brasil Custo de fazer negócios no país. Xvii Isso dificulta de forma significativa a iniciação de projetos. Na verdade, o Brasil ocupa o 116º lugar entre os 189 países na facilidade de fazer negócios. xviii CONTROVÉRSIAS DA COPA DO MUNDO 3.1 Isenção de impostos da FIFA Todas as despesas diretas ou indiretas incorridas pela FIFA para a Copa do Mundo de 2014 foram concedidas isenções de impostos federais por Lei Projeto 7422 / 2010, que foi submetida ao Congresso Nacional em 31 de maio de 2010. Essas despesas incluem importações realizadas pela própria FIFA, suas subsidiárias brasileiras ou quaisquer organizações terceirizadas contratadas ou associadas à FIFA para ajudar a organizar o evento. xix Medida Provisória 497/2010 descreveu um regime tributário especial para a construção de estádios para o torneio de 2014 ea Copa das Confederações da FIFA 2013 (da Silva, 2010b).xx As isenções detalhadas no Projeto de Lei 7422/2010 incluíram, mas não se restringiram a, Impostos sobre Impostos (AFRMM), Contribuições para Financiamento da Seguridade Social (COFINS) e taxas de uso do Sistema de Comércio Exterior (SISCOMEX). Além disso, aplicaram-se às importações de uma ampla gama de bens duráveis ​​e consumíveis que seriam usados ​​exclusivamente durante o torneio. Lei Projeto 7422/2010 também é discriminatório na atribuição do peso dos pagamentos de impostos aos fornecedores envolvidos na organização do torneio. Novamente, ele favorece a FIFA e seus interesses. Sendo uma entidade não-residente, a FIFA recebe isenções de impostos cobrados sobre suas próprias atividades relacionadas com a Copa do Mundo, enquanto que as empresas registradas no Brasil não recebem esses benefícios. xxi A lei destaca que os fornecedores brasileiros, E empresas, que recebem pagamentos da FIFA e suas afiliadas, não estarão isentos de tributação sobre rendimentos e ganhos de capital. No entanto, as subsidiárias brasileiras da FIFA recebem as mesmas isenções do imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas. Xxii Isto indica o deslocamento do peso dos pagamentos do imposto de renda da FIFA para empresas brasileiras que não estão permanentemente associadas à instituição futebolística. A maior parte das outras despesas e despesas operacionais e organizacionais da FIFA, como remunerações e prêmios, também escapam à tributação, enquanto a renda das fontes brasileiras continua a ser tributária. xxiii De acordo com a estimativa do FRD de 2010, A Copa do Mundo da FIFA 2014 ea Copa das Confederações da FIFA 2013 totalizam cerca de R $ 800 milhões entre 2011 e 2015.xxiv Parece que enquanto as reduções temporárias de impostos limitam os custos para a FIFA e seus fornecedores privados, eles também servem para limitar as possíveis receitas fiscais O governo brasileiro. Este défice de receitas fiscais traduz-se muito provavelmente por um aumento do peso da tributação futura para os cidadãos do país. 3.2 Construção de estádios As estimativas das despesas incorridas pelo governo brasileiro na preparação do país para o torneio variam de US11 bilhões xxx x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x e x x x x x x x O governo gastou US3.6 bilhão (R8 bilhão) na modernização infra-estrutural das facilidades do estádio. Xxxx xxxii Isto permitiu que os anfitriões tragam o número total dos estádios no uso a 12, um registro para o competiam. Cinco cidades construíram estádios a partir do zero, um estádio foi demolido e reconstruído para se adequar às especificações do FIFA e os outros seis foram submetidos a renovações extensivas. xxxiii 3.2.1 Os custos de construção excederam os orçamentos No relatório de inspeção original da Fifa da candidatura do Brasil para o Mundial de 2014 FIFA Cup, os investimentos necessários em construção e / ou remodelação de estádios foram estimados em US1,1 bilhões. xxxiv No entanto, os custos tinham corrido três vezes acima do orçamento até 2012.xxxv a) Arena Corinthians, São Paulo São Paulo Arena Corinthians, também conhecido como O Estádio de Itaquerao, foi estimado inicialmente exigir R $ 35 milhões em investimentos, mas as estimativas finais aumentaram para R $ 820 milhões para atender às despesas necessárias para que o estádio cumpra os requisitos gerais da Fifa, com R420 milhões dos custos financiados por créditos fiscais concedidos pelo cidade. O estádio custou eventualmente R965 milhão, 15 por cento acima de seu orçamento planeado. Esse número não leva em conta as despesas adicionais que serão necessárias para remover 20 mil lugares depois da Copa do Mundo. xxxvi O Estádio de Itaquerao foi construído em uma cidade que já tinha um estádio totalmente funcional, o Estádio do Morumbi. O Morumbi estava originalmente marcado para ser o único estádio da Copa do Mundo de São Paulo. No entanto, o comitê organizador da cidade não forneceu à Fifa garantias financeiras para a necessária renovação de US135 milhões necessária para atualizar a estruturaxxxvii e foi removido da lista de estádios. Isso permitiu que São Paulo acomodasse planos para o Estádio de Itaquerao, mas a um custo muito maior para o governo e contribuintes. A necessidade de construir um segundo estádio a custos tão elevados, especialmente quando o primeiro bastasse, é questionável. B) Estadio Nacional Mane Garrincha, Brasília A demolição e subseqüente reconstrução do Estadio Nacional Mane Garrincha em 2010 deveria ter custado US $ 300 milhões.33 No entanto, os auditores do governo revelaram que o custo triplicou para US900 milhões, tornando o estádio mais caro no Brasil Eo segundo estádio de futebol mais caro do mundo. Xxxxxx Gouging de preços e faturamento fraudulento Alegada fraude de faturamento de despesas ea existência de corrupção generalizada no nível burocrático são responsabilizados pelo enorme aumento dos preços. Uma equipe de auditores do Tribunal de Contas de Brasília descobriu que cerca de um terço do custo dos estádios é atribuído ao excesso de preço. xl Sua investigação de 75 por cento dos custos dos projetos revelou US $ 275 milhões em suposto ganho de preços. xli Por exemplo, Relatório de auditores indica que o governo foi faturado US1,5 milhões pelo consórcio de construção formado por Andrade Gutierrez, um conglomerado de construção, e Via Engenharia, uma empresa de engenharia, para o transporte de bancadas pré-fabricadas que deveria ter custado apenas US $ 4,700.xlii The Os auditores também descobriram despesas adicionais de US $ 46,3 milhões devido a planejamento inadequado, atrasos na construção e práticas contábeis fraudulentas. xliii A extensão da corrupção corporativa prevalente no Brasil é indicada pela descoberta de que Andrade Gutierrez, a empresa que ganhou licitações para construir ou Renovar quatro estádios em 2010, aumentou suas contribuições para a campanha eleitoral corporativa de US73.180 em 2008 para US37.1 milhões em 2012.xliv A Odebrecht, construtora do Brasil, também aumentou suas contribuições políticas de US90,909 em 2008 para US11,6 milhões em 2012, um aumento de 127 vezes. Durante esse período, a empresa ganhou quatro contratos de estádio ea propriedade operacional do Estádio Rio de Janeiros Maracanã durante 35 anos. xlv Deve haver alguma corrupção, Sergio Nogueira Seabra, secretário para a transparência e prevenção da corrupção no escritório dos generais da Controladoria do Brasil, Foi citado como dito em maio de 2014.xlvi Além das enormes despesas incorridas pelo governo para a preparação dos 12 locais, houve temores significativos de que pelo menos quatro, e até oito, dos 12 estádios não conseguirá Gerar receitas além de seu uso durante o torneio. xlvii a) Estádio Nacional Mane Garrincha, Brasília Por exemplo, o estádio em Brasília está programado para receber alguns jogos na Copa do Mundo da FIFA 2014 e os Jogos Olímpicos de Verão a serem realizados no Rio de Janeiro. Depois disso, o estádio com financiamento público pode ficar desocupado, já que não existem grandes equipes de futebol em Brasília. Os clubes de citys jogam na terceira e quarta divisões do leaguexlviii nacional e não podem atrair multidões suficientemente grandes. Os altos custos de manutenção e a entrada limitada de receitas significam que o estádio pode nunca gerar lucros para justificar o enorme gasto em sua construção. B) Amazônia Arena, Manaus A recém construída Amazônia Arena em Manaus custa US294 milhões, 25 por cento sobre o seu orçamento planejado, xlix e encontra-se em uma situação semelhante. Manaus é uma cidade metropolitana de dois milhões de habitantes localizada na floresta amazônica, e sua melhor equipe de futebol profissional joga na quarta divisão da liga nacional. Assim, o estádio é esperado para permanecer vago enquanto acumulando os custos de manutenção. A construção da nova Arena Amazônia de 44.500 assentos em Manaus tem sido descrita como vergonhosa. Da mesma forma, a Arena das Dunas em Natal e a Arena Pantanal em Cuiabá, em conjunto, custam R820 milhões, mas não têm equipes de clube suficientemente qualificadas para ocupá-las . 3.2.3 Eliminação de investimentos de acompanhamento em infra-estrutura O número excessivo de estádios construídos para a Copa do Mundo e os investimentos infra-estruturais associados em aeroportos, transportes e acomodação dividiram grandemente a atenção do governo brasileiro. li As capacidades organizacionais das empresas responsáveis ​​foram Também esticada ao limite pelo grande número de projetos diferentes. Grandes atrasos e custos constantemente crescentes causados ​​pela ineficiência burocrática e operacional dificultaram a realização dos objetivos de infra-estrutura planejados. Eles também comprometeram a qualidade das instalações construídas. Isso fez com que a construção de muitas instalações planejadas fosse abandonada ou amplamente adiada. Aproximadamente metade dos projetos de infra-estrutura inicialmente prometidos não foram entregues ou concluídos. Aproximadamente um quinto de todos os projetos foram abandonados devido a atrasos. As tentativas para melhorar o transporte urbano foram em grande parte mal sucedidas. Os projetos ferroviários e os corredores de ônibus foram abandonados em até seis cidades. Os aeroportos também sofreram atrasos na construção e muitas atualizações planejadas para design e tecnologia foram abandonadas ou não serão entregues até depois da Copa do Mundo. Por exemplo, a construção da Arena Amazônia em Manaus sofreu inúmeros atrasos e despesas adicionais além do orçamento planejado. Isso teve um efeito indireto prejudicial sobre importantes investimentos de infra-estrutura na cidade, como o esperado investimento de US810 milhões no sistema de transporte público de Manaus. Apesar de se destinar a combater os problemas de congestionamento do tráfego da cidade, o plano foi esgotado e eventualmente cortado da lista oficial de Ministrys de Despesas relacionadas com a Copa do Mundo. liii O Guardian informou recentemente que Gianna, residente da Copa do Povo, , Um acampamento rápido perto de São Paulo, recém-construído Estádio Itaquerao, disse, 8220We don8217t tem hospitais, nós don8217t ter escolas. Mas temos estádios. Lotes of stadiums. liv Isto capta com precisão a injustiça social das despesas com o Brasil em estádios, num momento em que as suas indústrias de educação pública e de cuidados de saúde têm apelado para investimentos extensivos. 3.3 Custos sociais para os brasileiros A construção de estádios, o aprimoramento de facilidades de alojamento para turistas e delegações nacionais e a criação de meios de transporte urbano tiveram custos sociais imensos para os cidadãos brasileiros. Aqueles que sofrem de pobreza foram os mais afetados pelo deslocamento social causado pela evacuação de favelas e outras instalações de habitação pública. Estimativas sugerem que entre 250 mil e 1,5 milhão de pessoas foram forçadas a abandonar suas residências ou desalojadas, com muito poucos recebendo assistência adequada de deslocalização ou compensação monetária. Alguns cidadãos receberam apenas de 20 a 40 por cento do valor de suas casas em compensação, Foi designado como um programa de despejo em massa das classes mais baixas, a fim de apresentar um espetáculo brilhante para o resto do mundo. lvi SUMÁRIO As grandes preocupações éticas são resumidas a seguir. 4.1 O governo brasileiro decidiu sediar a Copa do Mundo de 2014, apesar da evidente falta de capacidade infraestrutural do país, da má capacidade de gerenciamento operacional e do ambiente empresarial privado e corporativo inadequado. 4.2 O governo tem repetidamente negligenciado as exigências da sociedade e suas demandas de melhoria da saúde, educação e infra-estrutura pública. Em vez disso, serviu para beneficiar a FIFA, uma instituição privada estrangeira, a seu próprio custo e ao custo de seus cidadãos. 4.3 Requisitos fiscais relaxados e numerosas isenções oferecidas à FIFA roubaram ao governo as receitas fiscais e aumentaram a futura carga fiscal sobre o público brasileiro. 4.4 O governo não realizou vários projetos de infra-estrutura secundária que prometeu, como modernização de aeroportos e instalações de transporte urbano e interestadual. Esses projetos teriam trazido valor real para a sociedade beneficiando diretamente o público brasileiro. No entanto, o governo sancionou e financiou a construção de estádios caros que provavelmente não fornecerão retornos sobre o investimento. 4.5 A organização do torneio ocorreu diretamente às custas do bem-estar dos cidadãos brasileiros. Instalações de habitação locais, como favelas foram evacuadas, e as medidas de deslocalização adequadas não foram aprovadas em toda a linha. Uma análise deontológica As teorias da ética deontológica afirmam, em termos gerais, que o julgamento ético de uma ação deve depender unicamente da sua adesão a deveres morais ou códigos de conduta básicos.16 Diferentes versões das teorias deontológicas se concentram na Papel desempenhado por agentes e pacientes dentro dos quadros éticos que eles ocupam. 5.1.1 Obrigações relativas a agentes O dever fundamental de qualquer órgão governamental é garantir um nível de vida adequado e satisfação para seus cidadãos. Isto pode ser feito através de metas contínuas de melhoria nos níveis de educação, saúde primária, empregabilidade, segurança e infra-estrutura pública. Somente quando esses objetivos tiverem sido alcançados em níveis sustentáveis, os governos devem embarcar em projetos secundários, como a realização de eventos internacionais. Essas obrigações são relativas a agentes, na medida em que cada governo é obrigado a atender às necessidades de seus cidadãos em particular. A discussão sobre a pobreza no Brasil, a desigualdade de renda, o analfabetismo e a saúde precária mostra que o governo não dedicou suficiente atenção às necessidades e demandas de seus cidadãos. Não cumpriu todas as suas obrigações para com os seus cidadãos e, portanto, não deveria ter assumido a responsabilidade de sediar a Copa do Mundo. Os fundos dos contribuintes gastos em investimentos relacionados com torneios deveriam ter sido usados ​​para melhorar os serviços de saúde e educação existentes, ambos extremamente atrasados ​​em relação às suas contrapartes privadas. Permitir o acesso regular a uma educação de qualidade e cuidados de saúde primários tem impactos muito benéficos sobre a elevação socioeconômica dos pobres. Também pode resultar em vários efeitos positivos, como a redução da criminalidade, violência e abuso de substâncias, de que o Brasil sofre. Em suma, a realização do torneio representava uma violação dos deveres e obrigações dos governos em relação aos seus cidadãos e é antiética a partir de uma perspectiva deontológica puramente relativa ao agente. 5.1.2 Perspectiva centrada no paciente As teorias deontológicas centradas no paciente ditarão que as pessoas têm o direito de não serem usadas por outra entidade para benefício dos usuários sem sua aprovação prévia.19 Esta definição torna-se relevante quando se considera que o público brasileiro se opõe em grande parte à organização de a Copa do Mundo. Os cidadãos brasileiros organizaram regularmente motins e engajaram-se em exposições públicas de sua desaprovação dos investimentos enormes em estádios e da evacuação maciça de facilidades de carcaça. Era muito claro que o público se opunha a hospedar o torneio e a maneira como a organização acontecia. Assim, as teorias deontológicas centradas no paciente revelam que acolher o evento violou os direitos éticos básicos dos cidadãos brasileiros. 5.2 Uma abordagem consequencialista O consequencialismo implica a ponderação dos potenciais impactos positivos e negativos de uma decisão antes de fazer um julgamento ético. Assim, uma ação ou decisão só pode ser julgada com base em suas conseqüências. Uma extensão desse argumento permite que qualquer curso previsível de ação seja realizado se produzir resultados desejáveis. O consequencialismo, portanto, considera o Brasil sede da Copa do Mundo da FIFA 2014 como sendo ético se ele traz conseqüências positivas. Inversamente, se as conseqüências se revelarem negativas ou insuficientemente positivas, o ato é antiético. Estima-se que a Copa do Mundo da FIFA de 2014 trouxe aproximadamente 3,7 milhões de pessoas para o país de todo o mundo. Esperava-se que os turistas injetassem aproximadamente US3,03 bilhões na economia brasileira por meio de despesas com alojamento, alimentação, transporte e entretenimento. Evidentemente, as despesas com bilhetes de fósforo não podiam ser consideradas, uma vez que a FIFA recebe todas as receitas da venda de bilhetes. Além desses efeitos diretos sobre a economia brasileira, esse dinheiro também poderia ter impactos indiretos através do fenômeno de efeitos multiplicadores, isto é, a recirculação da moeda estrangeira dentro da economia brasileira sob a forma de consumo local. No entanto, estas estimativas ex-ante nem sempre são fiáveis. É difícil descrever estatisticamente os efeitos líquidos do afluxo de estrangeiros durante uma Copa do Mundo ou evento internacional. Por exemplo, as estatísticas de influxo de turistas para Atlanta foram idênticas durante os meses de verão de 1995, 1996 e 1997, indicando que o verão de 1996 As Olimpíadas lotaram muitos potenciais visitantes estrangeiros. Como outro exemplo, os números do turismo para Sydney diminuíram por três anos consecutivos após os Jogos Olímpicos de Verão de 2000, revelando que os supostos benefícios ex-ante do turismo podem muitas vezes ser superestimados. Os efeitos potenciais da Copa do Mundo de 2014 no turismo também dependiam de como a reputação do país como destino turístico de classe mundial foi afetada pela cobertura da mídia internacional no torneio. Eventos positivos, como organização soberba, paz civil e um torneio perfeitamente executado, sem dúvida, atrair estrangeiros. No entanto, este torneio foi marcado por polêmicas, intensos tumultos públicos e protestos violentos. Muitos estrangeiros serão tentados a evitar a agitação civil no Brasil. É provável que ex-post estimativas dos benefícios para o turismo será underwhelming. A consequência esperada esperada de um aumento do turismo não é garantida. 5.2.2 Reputação do Brasil A intenção por trás da realização da Copa do Mundo era retratar o Brasil como um país vibrante, rico, diverso e sofisticado no cenário global. lxi Hospedar um torneio de sucesso teria gerado consciência internacional do desenvolvimento econômico do Brasil. Ele também teria indicado a gestão de classe mundial e capacidades organizacionais e um setor empresarial próspero. Em outras palavras, a imagem de marca do país teria sido significativamente reforçada. No entanto, numerosos casos de atrasos na construção do estádio, alegações de corrupção e aumento dos custos de construção mancharam a reputação da burocracia do país e das capacidades de infra-estrutura. Assim, a conseqüência pretendida de colocar o Brasil no mapa não foi alcançada na medida desejada. 5.2.3 Acompanhamento de investimentos em infra-estrutura Os preparativos para o torneio envolveram a atualização, o embelezamento e a modificação de várias infra-estruturas públicas, como transporte urbano e acomodação. Enquanto estes terão indubitavelmente legados duradouros, pode-se justamente questionar se os investimentos poderiam ter sido feitos independentemente do torneio. A Copa do Mundo da FIFA é freqüentemente usada como um fator impulsionador de extensos planos para a urbanização das instalações do país anfitrião. However, the investments could have been made even if Brazil did not host the tournament. The country was desperately in need of advanced highways, airports, schools and hospitals investments should have been made instead of fiscal expenditure on football stadiums. The expenditure of US3.6 billion on stadiums undoubtedly crowded out some necessary investments in urgently required public infrastructure. This is another negative effect of the preparations for hosting the tournament. The observed investments in public infrastructure should not be considered a direct consequence of the FIFA World Cup. In fact, they are victims of the tournament, since many planned public infrastructural facilities were not completed by their deadlines or were abandoned due to the governments focus on the tournament. 5.2.4 Harbinger of structural reform The buildup to the World Cup exposed the deficiencies in Brazils business environment and public service sector and signaled the immediate need for extensive structural reform. It is abundantly apparent the government will need to meet the demands of the public in order to reduce social unhappiness in the country. The World Cup directly contributed to this realization by pushing social unrest firmly into the spotlight and has therefore been a necessary evil. If the government undertakes mass investments that push Brazil onto the path of social prosperity and satisfaction, they will be a direct consequence of the glaring inefficiency of the World Cups organization. lxii In purely theoretical terms, one can justifiably condone the Brazilian governments decision to organize the tournament due to its exposure of deep-seated social disharmony. However, this does not justify the decision to host the tournament. Had the hosting rights not been awarded to Brazil in the first place, the government would have been able to address the unrest and target structural reform much earlier. Perhaps the unrest would never have reached the levels observed. Targeting structural reform and socioeconomic prosperity should be the foremost prerogative of the government it should not require a debacle on the scale of the World Cups organization for the government to become attuned to the needs of its citizens. Thus, it appears most of the intended positive consequences of hosting the tournament, such as improved international status and brand image, increased tourism and advanced public infrastructure may not be achieved as a result of the tournament. In fact, the tournament may not bring about any extraordinary consequences that would not have been achieved without the tournament. This indicates that the governments decision to host the tournament is not one that survives the judgment of consequentialist theories of ethics. 5.2.5 Influence on national teams performance A technical analysis of the performance of the Brazilian national team in competitive fixtures since 1960 suggests the national team performs dramatically better when playing at home (Goldman Sachs, 2014). In fact, its chances of winning the World Cup increase from approximately 30 percent to 48.5 percent when home advantage is factored into the statistical model. Brazil was heavily considered to be a favorite to lift the trophy, and doing so at home would have rid the population of the traumatic memories of the 1950 World Cup final. Brazil lost that final on home soil despite being heavy favorites. Given that Brazil is known as a football-crazy nation, winning the 2014 edition in front of a home crowd would possibly have changed the public sentiment from one of brooding frustration to one of jubilant ecstasy. This would most certainly have been a positive consequence of hosting the tournament. Unfortunately, Brazil exited the tournament at the semi-final stage after a humiliating 1-7 loss to Germany. This result was arguably the worst in the history of Brazilian football. Thus, the possible positive consequence generated by hosting the tournament was certainly not achieved. In fact, there is a high chance that the weeks following the World Cup shall see further exhibitions of the dissatisfaction and frustration that stems from the poor performance of the national team at home. This is clearly a negative consequence. SUMMARY From a footballing perspective, the 2014 FIFA World Cup proved to be one of the best in recent memory. The quality of football was outstanding, and Brazils football fans lived up to their reputation as welcoming, football-loving people. Happily, the tournament was staged without any significant operational glitches. However, this does not spare the tournaments organizers from intense scrutiny of the ethics of awarding the hosting rights to a country that clearly needed urgent public investment in various infrastructural projects when the decision was made. Brazils government should have put the needs of its citizens before the allure of hosting an international event such as the World Cup. The hosting of the tournament can be deemed unethical because of its diversion of government funds and attention away from the immediate needs of the Brazilian public. This conclusion is supported by deontological and consequentialist theories of analysis. The manner in which the organization of the tournament has taken placewith the countrys organizational inefficiency, bureaucratic corruption and the marginalization of the public occupying the spotlightleaves the government faced with an uphill task to restore faith in its commitment to ensuring the satisfaction of societys basic needs. Editor: Angela Lutz ii Brazilian Discontent Ahead of World Cup, Pew Research Center 3 June 2014, 23 June 2014 ltpewglobal. org/2014/06/03/brazilian-discontent-ahead-of-world-cup/gt. iii John Mizzoni, Ethics: The Basics (John Wiley amp Sons, 2009) 104. iv World Economic Outlook Database, The International Monetary Fund October 2013, 22 June 2014 ltimf. org/external/pubs/ft/weo/2013/02/weodata/weorept. aspxpr. x38amppr. y5ampsy2011ampey2018ampscsm1ampssd1ampsortcountryampds. ampbr1ampc223ampsNGDPD2CNGDPDPC2CPPPGDP2CPPPPCampgrp0ampagt. v Brazil: Overview, The World Bank 23 June 2014 ltworldbank. org/en/country/brazil/overviewgt. vi Chris Wright, Will Brazils World Cup Pay Off For Investors Forbes 12 June 2014, 24 June 2014 ltforbes/sites/chriswright/2014/06/12/will-investors-in-brazil-see-a-world-cup-dividend/gt. ix The World Factbook, Central Intelligence Agency 22 June 2014 ltcia. gov/library/publications/the-world-factbook/fields/2172.htmlgt. xi Brazil, OECD Better Life Index 22 June 2014 ltoecdbetterlifeindex. org/countries/brazil/gt. xii Martin Bortz, Analyzing Public Health in Brazil, Rio on Watch 14 September 2013, 23 June 2014 ltrioonwatch. org/p9941gt. xiii Peter Pallot, Expat Guide To Brazil: Health Care, The Telegraph 6 September 2011, 22 June 2014 lttelegraph. co. uk/health/expathealth/8737945/Expat-guide-to-Brazil-health-care. htmlgt. xiv OECD Better Life Index xv The Corruption Perceptions Index, Transparency International 2012, June 22 2014 lttransparency. org/cpi2012/resultsgt. xvii Alexander Ragir, Rousseff Crisis Spurred By Lula Debts As Brazil Boom Diminishes, Bloomberg 27 September 2011, 22 June 2014 ltmobile. bloomberg/news/2011-09-27/rousseff-crisis-spurred-by-lula-debts-as-brazil-boom-diminishesgt. xviii Ease of Doing Business in Brazil, Doing Business 2014, 22 June 2014 ltdoingbusiness. org/data/exploreeconomies/brazil/gt. xx David Robert R. 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